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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Comunicado 3 e 4


Comunicado Nº4_CT 2018

Esclarecimento COMUNICADO nº 3
 

Ainda o SAD 2017 e sua tentativa de branqueamento

  
1. Através do Ofício DRH DMS nº 670119 de 30/10/2018, a Empresa comunicou à CT que as Classificações SAD 2017 de “muito aquém das expetativas” (2 Trabalhadores) somado ás “Aquém das expetativas” (82 Trabalhadores) abrangeram um total de 84 Trabalhadores. Também neste mesmo Ofício, a Empresa adianta terem existido 48 Recursos interpostos.
2. No COMUNICADO CT nº3 de 5 dezembro, foi passada a informação numérica da SAD 2017, através no parágrafo agora reproduzido; “O curso dos acontecimentos, deu-nos plena razão e reflete o crescendo de injustiças verificadas após a introdução das ditas “calibrações” uma vez que subiram em flecha as avaliações negativas e os consequentes pedidos de reavaliação, passaram de 12 em 2016 para 84 em 2017.”

3. A DRH, em 7 de dezembro, entendeu pronunciar-se junto do universo ANA, SA, apontando uma “suposta” correção aos dados divulgados pela CT no seu Comunicado nº3. Ou seja, o número de reavaliações solicitadas pelos Trabalhadores foi de facto 48 e não de 84.
4.A informação contida no COMUNICADO nº3 da CT, no que respeita aos números apresentados, pretendia referir e dar ênfase ao aumento significativo de avaliações SAD 2017 abaixo de 3 (Negativas), que de acordo com informação disponibilizada pela DRH, atingiu efetivamente 84 Trabalhadores em 2017. Número absolutamente preocupante, tendo em conta que representa um aumento de 7 (Sete) vezes mais negativas, relativamente às 12 registadas no ano de 2016.
5. Independentemente das interpretações linguísticas distintas, e que agora se clarificam, importa, mais do que uma questão de números, frisar que a CT está focada em ver da parte da DRH, esclarecidos e retificados os casos de injustiças, com o mesmo espírito de iniciativa de clarificação que originou a que se dirigissem a todos os Trabalhadores, através do COMUNICAR, no dia 07 de dezembro de 2018. Estamos certos que através do diálogo construtivo, não estaremos “muito aquém das expetativas”. E sim, esse será, no nosso entendimento, o caminho CERTO!

11 de dezembro 2018

 


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Comunicado Nº3_CT 2018
SAD-Para que te quero…

 “(…) favorecer o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, propondo a cada um deles um projeto de formação personalizado e oferendo-lhe perspetivas de evolução que valorizem as suas competências (…)”
Carta Ética e Conduta da VINCI, Pág. 8
 
Sistema de Avaliação e Desempenho, SAD, pretende conhecer e medir o desempenho, comparando-o com o esperado e o efetivamente atingido pelos Trabalhadores. Proporciona à gestão um conjunto de dados, que depois de processados, direcionam as decisões no sentido da melhoria continua do desempenho global da organização.
A analise da CT aos resultados assumidos pela Empresa sobre o processo SAD, conclui que não é possível, nem de perto nem de longe atingir o propósito tão pomposamente enunciado e que acima transcrevemos para melhor ilustrar o que apresentamos.  Assim sendo:
A Comissão Executiva (CE), impôs novas regras de calibração, na SAD de 2017, (manipulando e atuando sobre os resultados das avaliações de forma negativa). Esta ação foi naturalmente materializada pela DRH.

  1. Os resultados reais atingidos pelos colaboradores, ficaram desde logo negativamente condicionados.
  2. O reconhecimento do mérito dos seus RH, que é intrinsecamente um dos fatores de motivação e como tal teria de ser tratado de forma alinhada com os princípios enunciados pela Empresa no estrito cumprimento dos Princípios e Ética VINCI, para além de não se verificar, são absolutamente contrários aos resultados do sucesso da empresa que são acima de tudo, fruto do empenho e dedicação dos seus Trabalhadores.



A CT, após tomada de conhecimento da visão e postura da Empresa veiculada quer por escrito quer oralmente relativamente à SAD, reitera integralmente a sua já conhecida posição consultável em http://ctrabalhadoresana.blogspot.com/p/comunicados.html.
Grande parte da posição da CT tem colhimento favorável no entendimento apresentado a esta Comissão pelo Ex.mo Presidente da Comissão Executiva. Este reconhece que, como em qualquer sistema de avaliação, o vigente na Empresa carece de melhorias tendo em vista agilizar e refinar os processos tornando-a mais justa e eficaz.


Contudo, é opinião da CT que o SAD na Empresa já tem tempo suficiente de aplicação (anos q.b.) para já se poder encontrar num estágio mais maduro e, portanto, avançado permitindo de facto perceber a real dinâmica do valor dos seus RH. 

O que não satisfaz de facto e logo, distorce totalmente os resultados que esta SAD poderia traduzir na realidade, é a imposição posterior à fixação de objetivos, metas e métricas de comum acordo entre a chefia e o Trabalhador (desejável e sempre que tenha acontecido) de quotas para aferir os vários grupos de profissionais na Empresa.
O curso dos acontecimentos, deu-nos plena razão e reflete o crescendo de injustiças verificadas após a introdução das ditas “calibrações” uma vez que subiram em flecha as avaliações negativas e os consequentes pedidos de reavaliação, passaram de 12 em 2016 para 84 em 2017

Tal espelha algo que nos parece irrefutável: a insatisfação dos Trabalhadores não com o sistema SAD em si, mas com a interferências nefastas e imposição de quotas totalmente estranhas ao processo SAD que se pretende negociado entre as partes (Chefia/Trabalhador) de forma comprometida com os resultados, sã e ética.
A fixação de quotas das quais decorrem os resultados apresentados como resultantes do sistema e que se traduziu, este ano, com um aumento muito substancial de recursos para reavaliação das classificações, é apenas a ponta do icebergue que a Gestão da Empresa deve, em nosso entender, dar a devida interpretação e tratamento.

Esta atenção que consideramos ser reservada à gestão de topo, na pessoa do Presidente da CE, não se pode esgotar na reapreciação de casos pontuais de irregularidades gritantes que a própria gestão tomou conhecimento pela mão e “pena” da CT.

O desvirtuar puro e simples do sentido de avaliação real individual de proficiência do SAD, com a dita curva de Gauss, quotas e percentuais de excelentes, bons, sofríveis e maus, tem consequências diretas na aplicação do Acordo de Empresa (AE) na parte de progressão na carreira e sua retribuição salarial.
Alertamos, pois, toda a cadeia de responsabilidade para um mais que previsível desconforto sentido pelos Trabalhadores na diminuição do AE negociado em boa-fé pelas partes subscritoras, que, em última instância e cada vez mais ameaça fazer perigar a histórica paz social da ANA Aeroportos de Portugal SA.

A CT afasta-se, portanto, da leitura da Empresa, que se materializa, de forma evidente, na sistemática tentativa de descredibilização do SAD quando, em sede de recurso, é candidamente mantido o princípio duvidoso e contrário à Ética e princípios defendidos pela VINCI, de juiz em causa própria;

Veja-se que o órgão recorrido, decide da aplicação, ou não, da decisão (não vinculativa) do órgão de recurso (Comissão de Avaliação).

Incompreensível se atendermos ao facto da gestão de topo e DRH se permitirem instituir quotas, curva de Gauss e calibrações aos avaliadores, mas, depois, se auto excluam a corrigir as injustiças e irregularidades perpetradas pela estrutura de avaliação (avaliadores, diretores e juízes do recurso).

Se, por um lado reivindicamos que o modelo de recurso na sua génese, nomeadamente na vertente da reposição da justiça precisa de afinações, não poderemos compactuar com alterações que eventualmente conduzam à extinção do recurso. Nomeadamente porque se antecipam aumentos exponenciais dos mesmos em SAD’s futuras, com uma elevada carga administrativa, carga esta que, pelo que apreendemos, preocupa mais a DRH que o descontentamento generalizado que levou ao aumento exponencial dos recursos.
Lembrar que a avaliação ligeiramente abaixo de 3 por força da calibração imposta pela DRH por indicação da CE a novos quadros da empresa compromete desde logo a credibilidade da política de recrutamento, colocando seriamente em risco o “compromisso” por todos desejado.

É a prova evidente que a decisão em assumir arbitrariamente que “não somos todos bons” potencia a existência de injustiças, logo evidência o risco assumido de uma prática discriminatória por via de uma ferramenta de gestão que não serve o seu mais elementar propósito, vide referência à Carta Ética e Conduta da VINCI.

Objetivamente a atual SAD, compromete e mina objetivamente as relações laborais, comprometendo de forma CATASTRÓFICA o trabalho de equipa.

Desta forma, o SAD, não é uma ferramenta que potencie o Trabalho e a produtividade, e, portanto, de nada serve no reconhecimento e hierarquização do mérito; o SAD, tal como o temos vivido, serve essencialmente como ferramenta de travão às progressões e consequente gestão da massa salarial.
Qualquer outro SAD que pretenda o mesmo estará na sua essência ferido de injustiça e deslealdade para com os Trabalhadores, não nos merecendo qualquer reconhecimento nos seus objetivos.

A CT acolhe com apreço a recente intervenção do PCE por mail dirigida a todos os Trabalhadores, mas questiona das palavras aos atos no que aos Trabalhadores diz respeito.

A CT questiona a materialização da congratulação do coletivo, face à perseverança apresentada por todos mesmo depois dos cortes salariais a que estivemos sujeitos.
A economia nacional ressentiu-se na sua grande crise vivida entre 2009 e 2014, contudo no seu ressurgimento, tem reflexos muito positivos com a contribuição dos aeroportos que a ANA gere. No entanto, o retorno deste benefício não chega a todos quantos nela trabalham premiando o esforço e dedicação à causa.

Supostamente,  pelo menos uma parte desse beneficio (retorno de investimento) para os Trabalhadores, dever-se-ia consubstanciar não num mero agradecimento verbal ou escrito, mas sim numa intenção clara e inequívoca de reconhecimento, concretizada em valor material, de forma proporcional, aliás, com as gratificações de balanço atribuídas, ao grupo profissional TOE ‘s, que viram efetivamente reconhecidos os seus méritos, ainda que de forma discricionária, justificada pela CE, como um ato de liberalidade de gestão.
A redução ou a manutenção dos custos com pessoal por força de um modelo de negócio expansionista e assim estranho à ANA SA, não se nos afigura como justo ou mesmo ético quanto mais sustentável, nem a curto nem mesmo a médio prazo. Por analogia com realidades similares, espera-nos a precariedade, o que a prazo acaba sempre por se virar contra o seu criador…

Relembramos, que estamos numa Industria que requer quadros altamente especializados, formação continuada e experiencia consolidada … o que não é atingível neste registo.
A Empresa está a desbaratar o conhecimento e a sabedoria que ainda detém, com a saída de efetivo que levou tanto tempo e esforço a consolidar - décadas …note-se!!! -  e investimento a formar … por “inocente” falta de experiencia na condução e preparação de políticas adequadas a uma gestão estratégica de RH!
Há alguma coisa que nos escapa … tudo o que assistimos só fará sentido se o propósito for mesmo o de demolir a restante capacidade e o conhecimento na área Aeroportuária, que, apesar de desbaratado, ainda vamos detendo no seio da Empresa!!!



Se for de facto essa a intenção … então sim… este é o caminho!!!




 



A Comissão de Trabalhadores
05 dezembro 2018