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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Comunicado nº1 CT_2020

Comunicado nº1 CT_2020

 

1.     Sistema de avaliação de desempenho (SAD): 

Com a concessão da ANA SA, ano após ano, têm sido sucessivas as alterações, calibrações, curvas de Gauss e quotas, no Sistema de avaliação de desempenho (SAD), o que por si, se traduz numa ineficaz gestão do maior ativo da Empresa: os seus Recursos Humanos!
Na sua génese o “SAD” permite à gestão aferir o talento, percecionar as necessidades de desenvolvimento individuais e coletivas da organização, colocando o foco na promoção da performance, quer dos Trabalhadores, quer da Empresa.
Possibilita aferir as necessidades de formação, fornecendo informação preciosa na elaboração do plano de formação, de forma a alavancar o conhecimento e a inovação, criando assim um circulo virtuoso de melhoria continua. Despoletando-se por esta via, benefícios evidentes para qualquer empresa de topo.
No entanto, o facto do sistema de créditos do SAD, estar diretamente ligado ao sistema de carreiras, acaba por distorcer a “bondade” do Sistema de avaliação em si mesmo. Esta variável, acaba por se sobrepor a todas as outras, acabando o SAD por ser uma ferramenta de controlo de gestão, retardando subidas de níveis e maturidades, com impactos significativos, como sejam, os cálculos de pensões e reforma, fundo de pensões, subsídios doença, entre outros.
Anuncia-se agora, uma nova plataforma, denominada RUMO, mas que na prática, nada mais é que uma aplicação informática, não alterando, no essencial a problemática existente.  

2.     Saídas voluntárias da empresa: 

Relativamente às negociações de saída voluntária da empresa, a Comissão de Trabalhadores, comunicou à Comissão Executiva, que este tipo de programas pelo impacto evidente que poderá ter na vida futura dos Trabalhadores envolvidos, bem como na gestão do conhecimento, deverá ser um processo a todos os níveis claro e transparente, no qual devem ser encontrados mecanismos e ferramentas do conhecimento prévio dos Trabalhadores, que lhes garantam equidade na negociação, e simultaneamente um acesso ao programa absolutamente voluntário e sem consequências profissionais caso a negociação não se concretize.  

3.     Sugestões de melhoria:

Numa outra vertente, a Comissão de Trabalhadores, durante o ano 2019 apresentou algumas sugestões à empresa, dentro do âmbito da esfera de atuação e responsabilidades da CT, contudo, informamos que de acordo com a boa relação institucional que mantemos com todas as representações Sindicais, não o fizemos dentro de um contexto negocial, pois esse não é o nosso âmbito. Foram sugestões/propostas de tudo ou nada, ou a empresa anuía, ou as rejeitava. Importa sublinhar, que até ao momento, as propostas apresentadas pela Comissão de Trabalhadores, nenhuma foi acolhida.
Vimos nas propostas, a possibilidade de uma aproximação efetiva da Empresa aos Trabalhadores, e nas suas concretizações, perspetivávamos uma melhoria do clima organizacional.

ü  Propusemos que a partir de 2020, no dia do aniversário do Trabalhador, fosse o mesmo dispensado, caso estivesse a trabalhar. Enviando simultaneamente um email/carta a felicitá-lo.

ü  Propusemos ainda, que a empresa estudasse formas alternativas e incentivos ao Transporte coletivo, de forma a reduzir a pegada de carbono, nos Aeroportos onde essa prática foi extinta, recuperando assim uma pratica muito positiva do passado da ANA. Propusemos onde não existe transporte de autocarro providenciado pela Empresa aos Trabalhadores, a sua reimplementação. A postura negocial da empresa levou que a CT retirasse de imediato a proposta.

O transporte coletivo tem igualmente um caráter ambiental, e cabe a todos a sensibilização proactiva de todas estas opções, no entanto estas alternativas, não podem, nem invalidam a utilização do transporte individual e o consequente acesso ao estacionamento.

As questões ambientais, não podem só fazer sentido, quando não acarretem custos diretos, os proveitos indiretos são um bem incomensuravelmente maior!

4.      A função da manutenção nos Aeroportos:           

A CT entende e tem manifestado junto das sucessivas Comissões executivas, que a função de Gestão de Ativos e, portanto, na sua base, a função da manutenção dos mesmos como vital e de extrema importância na operacionalização das estratégias de investimento em ativos técnicos e na sua essência, de todos os sistemas técnicos aeroportuários.

É, pois, imperativo que a ANA projete e defina a política estratégica para manutenção em processos transversais, respeitando obviamente as idiossincrasias de todos os Aeroportos, devendo interligar-se entre si, na sua matriz global, retomando o percurso da implementação da ferramenta EAM – (Entreprise Asset Management), projetando e definindo a política estratégica para manutenção Aeroportuária em processos transversais - framework da manutenção. Assegurando assim, os indicadores técnicos, económicos e organizacionais tão essenciais à estratégia da manutenção.

É pois e unicamente através de uma gestão ativa dos recursos humanos internos e externos das manutenções dos Aeroportos que será viável quantificar e perceber nas grandes áreas estratégicas para o negócio que são, entre outras, a Energia, os Sistemas de informação, Mecânica e Civil, definir quais as especialidades a assegurar internamente e dentro de cada uma delas, aquelas com que a Empresa deverá contar sempre como - Core para a Empresa, optando aí em concreto pelo modelo Insourcing- uma vez que lhe permitirão suportar de forma idônea e oportuna a tomada de decisão relativa às melhores opções relativamente a  tecnologias e investimentos.

Sem prejuízo de uma mais cuidada e detalhada análise, essas serão sem dúvida e sempre, as competências a assegurar internamente.

É necessário pois, não perder mais tempo, aproveitar a nova estrutura de gestão anunciada para o relançamento deste EAM, evitando assim, riscos operacionais e a continua perda de “know how”, ainda presentes na ANA Aeroportos de Portugal. 

5.     Estruturação da empresa:

Decorrente das sucessivas saídas voluntárias da Empresa, a CT tem manifestado junto da Comissão Executiva, a sua preocupação no que respeita ao futuro e de que forma será estruturado e organizado o trabalho. É responsabilidade da Empresa ter uma linha de gestão clara e célere, que permita acautelar a organização do trabalho, evitando assim disrupções, sem sobrecargas sistemáticas de trabalhos junto dos Trabalhadores.

A CT manifesta-se preocupada com o aumento do número de Trabalhadores que “levam trabalho para casa” e alerta desde já para os riscos desse comportamento, desde logo ao nível da produtividade e para uma maior propensão para certos riscos de saúde.  

Para concluir, de referir que, apesar dos bons resultados, com os lucros conhecidos e reconhecidos, nos quais, não será certamente despiciente o excecional desempenho dos Trabalhadores, ambicionamos para 2020 o reconhecimento materializável, do esforço e dedicação de todos os Trabalhadores. 

A CT reitera a todos, o desejo de um Prospero 2020, cheio de sucessos!

 
2 de janeiro 2020