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domingo, 28 de setembro de 2014


COMUNICADO 4_2014

Que futuro para os Trabalhadores e suas famílias

 
Numa fase de mudança no seio da nossa empresa, é com natural apreensão que a Comissão de Trabalhadores antevê o futuro que se advinha.

Continuamos a acompanhar, enquanto Trabalhadores e única organização Representativa de todos os Trabalhadores, a negociação sobre o Acordo de Empresa (AE) e Sistema de Carreiras que está em curso entre Sindicatos e Empresa. Embora as negociações estejam precisamente em “processo negocial”, após auscultação de todos os Sindicatos, chegam-nos ecos de novos paradigmas\posições que a Empresa nunca assumiu na sua história para com os seus trabalhadores.
Pretensão em desregular horários de trabalho, criação de novos tipos de horários, intervalos de descanso que criarão uma desestabilização na harmonia patente até hoje no seio dos Trabalhadores levanta-nos uma série de dúvidas com o futuro pretendido para a nossa Empresa, seus Trabalhadores e suas famílias.

Até ao presente, graças ao empenho e profissionalismo do universo de Trabalhadores da ANA, a empresa sempre apresentou resultados altamente positivos sem recorrer a violenta alteração à ferramenta fundamental que regula as condições laborais e remuneratórias dos seus Trabalhadores. Estes pressupostos aliados igualmente à aparente solidez do Grupo VINCI, convenceram cerca de 40% dos Trabalhadores, a tornarem-se à data acionistas do grupo VINCI, após adesão ao plano Castor. Nada disto parece fazer diminuir as pretensões da Empresa nas alterações agora em cima da mesa. Esta pretendida colagem unicamente ao atual Código de Trabalho não faz a nós o mínimo sentido, particularmente numa Empresa com o ADN laboral da ANA S.A..

A concretizarem-se algumas das ditas intenções é a abertura de uma realidade laboral, cujo alcance não conseguimos prever, com a inevitável colocação em causa da presente paz social. 
§  Nada justifica uma rutura com o passado laboral praticado na empresa;
§  Nada justifica alterações consideráveis a todos os níveis no dia-a-dia dos Trabalhadores, sejam elas económicas, sociais ou familiares;
§  Nada justifica esta inversão na política laboral, até porque está bem presente na memória coletiva da Empresa o epíteto de Capital Humano, que num passado recente era considerado como a sua maior riqueza;
§  Nada justifica esta evidente contradição, entre o agora proposto e a política de boas práticas sociais e laborais, plasmadas no âmbito da Responsabilidade Social.
A informação nesta fase é determinante e apelamos a todos os trabalhadores um papel ativo neste novo rumo, com que, os Trabalhadores inevitavelmente se irão deparar, se não tiverem capacidade de se unir.
A Comissão de Trabalhadores continuará a acompanhar com especial atenção este processo junto dos intervenientes na negociação, particularmente junto dos Sindicatos Representativos dos Trabalhadores, criando sinergias que visem a defesa integral de todos os Trabalhadores da ANA S.A..


Participa ativamente, procurando manter-te informado!
O nosso futuro e expetativas têm de ser asseguradas! 

Tínhamos a espetativa que o produto final das negociações em curso deveria evidenciar um carácter globalmente mais favorável para TODOS os Trabalhadores, em contraponto com o Acordo de Empresa em Vigor.

 

 A Comissão de Trabalhadores

­­19 de Setembro de 2014

COMUNICADO 3_2014

No início de Julho realizou-se a primeira reunião com o Conselho de Administração (CA) após a tomada de posse da CT.

Dos assuntos abordados, realçamos os seguintes pontos:


1.   Balanço Fundo Castor

Em linha com o que referimos no Comunicado 1_2014 “…Relativamente ao Plano Castor e respetivos mecanismos de financiamento, pela sua natureza eminentemente técnica, a CT, não emitirá qualquer juízo de valor…”, contudo, registamos, de acordo com informação recolhida junto do Conselho de Administração da ANA, que do ponto de vista do grupo Vinci o programa correu dentro do espectável.

Independentemente da posição assumida por esta CT, que aqui reforçamos, continuará esta CT atenta, nomeadamente, quanto ao reflexo que esta estratégia do grupo VINCI venha a ter na política salarial no seio desta nossa grande empresa, a ANA.


2.   Ausência de Plano de Formação 2014

A CT considera a formação não só um eixo fundamental da manutenção e promoção do Know-How no seio da empresa, bem como, um instrumento de desenvolvimento profissional de todos os trabalhadores.

Decorrente das restruturações e mudanças em curso, fomos informados que a Empresa estima, só em Outubro, estar em condições de apresentar um planeamento e organização da formação. Para nós este hiato de tempo traduzido numa inação e ausência de práticas é deveras preocupante, manter-nos-emos atentos.
 

3.   Trabalho extraordinário dos Trabalhadores referente ao ano 2013

Após análise dos mapas do trabalho extraordinário disponibilizados pela DRH, no âmbito dos pareceres solicitados à CT, registamos e demos nota ao CA de alguns casos que poderão configurar situações de desvio ao princípio previsto no art.227º,1 do Cód. de Trabalho “O trabalho suplementar só pode ser prestado quando a empresa tenha de fazer face a acréscimo eventual e transitório de trabalho e não se justifique para tal a admissão de trabalhador.”


4.   Saída de Quadros da Empresa

A CT manifestou e regista com preocupação a saída de quadros para outras congéneres internacionais. Tal prática e potencial movimento de quadros esvazia e desloca conhecimento que sempre foi reconhecido como mais-valia para a empresa e evidencia um quadro remuneratório atual pouco competitivo.
 

5.   Devolução dos Cortes Salariais 2013

Nesta reunião a empresa atribuiu o ónus da responsabilidade ao Estado, afirmando categoricamente que os valores descontados pelos Trabalhadores ANA foram entregues ao Estado, como redução da dívida, reduzindo assim o preço final de venda,.

Neste sentido, a CT efectuará, inicialmente, diligencias junto do Secretário de Estado dos Transportes e Grupos Parlamentares, Dr. Sérgio Monteiro, que nos afirmou, “É minha convicção que a VINCI, reporá os cortes, muito me surpreenderia se tal não se vier a verificar, até porque, essa situação está desde já acautelada no orçamento previsional da ANA.”
 

De forma a manter uma relação de colaboração institucional, foram solicitadas reuniões com sindicatos representativos dos Trabalhadores (SITAVA\SINDAV\SQAC\SINTAC) e realizado um ponto de situação sobre o processo negocial em curso de revisão de AE e carreiras.

Apelamos ao envolvimento de Todos os Trabalhadores no processo negocial em Curso.

O nosso futuro e espectativas têm de ser asseguradas.

 A Comissão de Trabalhadores

­­22 de Julho de 2014