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quinta-feira, 30 de maio de 2019

COMUNICADO nº1 CT/2019


COMUNICADO nº1 CT/2019

E mais uma vez… o SAD! 

Mais um ciclo, e eis que o SAD está novamente em revisão…
 

A CT tomou conhecimento das alterações ao SAD e assumimos inclusivamente que algumas das alterações nos parecem positivas, falta ainda, no entanto, percorrer um longo caminho.
Constatamos que muitas das questões que a CT sistematicamente sinaliza, não sofrem alterações.
O SAD, concretamente o nosso SAD, deve refletir o ADN da ANA SA e assumir sem rodeios que somos “a” Empresa de Gestão Aeroportuária e por esse motivo repositório de capital tecnológico e científico que importa preservar, fazer evoluir, enriquecer e potenciar, e, portanto, fazer refletir de forma afirmativa e coerente o seu CAPITAL HUMANO, reconhecendo-o, efetivamente, e valorizando-o, não o seu contrário!
 
O CAPITAL HUMANO da ANA, SA é o nosso ativo mais valioso.
Este é um slogan da VINCI AIRPORTS e uma das frases mais ouvidas/lidas pelos Trabalhadores da ANA!
No entanto, não se nos afigura coerente a afirmação anterior, porquanto:
 
1.       O modelo da SAD têm como paradigma a aferição do mérito, permitindo fazer um balanço do desempenho, dos pontos fortes, dos pontos a reforçar, das perspetivas de evolução de carreira, da mobilidade, e das necessidades de formação dos Trabalhadores.  No entanto, o modelo atual, aparenta refletir apenas um mero “retardar” a evolução dos Trabalhadores, sustentado num mecanismo matemático de quotas e curvas “cujas avaliações/notas” não só distorcem a realidade laboral, como implicam a penalização arbitrária das legitimas aspirações de carreira dos Trabalhadores e respetiva progressão salarial.
2.       Sendo o SAD desajustado, resulta assim, num sistemático e incessante aumento de processos de recurso de avaliação, que também não são devidamente operacionalizados, na medida em que a decisão final é sempre do Diretor do avaliado, independentemente das conclusões dos representantes do Trabalhador & Empresa na formulação das conclusões do recurso, transformando-o sempre em juiz em causa própria, o que de todo, não se nos afigura, transparente, idóneo, muito menos credível e justo…
Mais um ano, mais uma avaliação, mais um balanço em tudo similar aos dos anos anteriores. Sistematicamente os mesmos erros, as mesmas desculpas, a mesma estagnação, tornando-se o SAD um instrumento de aniquilação da réstia de motivação e autoestima dos Trabalhadores!
Não incluir nos pressupostos de gestão, a dimensão do valor humano e da sua motivação, ficando-se na parca dimensão economicista do potencial crescimento da massa salarial, é em nosso entender:
ü  Uma metodologia eficaz para que a Empresa assegure a curto prazo a total indiferença dos Trabalhadores face as atividades desenvolvidas…
ü  A “receita” pronta para comprometer a confiança e cooperação institucional entre os órgãos da Empresa…
Não somos indiferentes a tudo o que se está a passar e por isso ….
Desde que a ANA foi concessionada à VINCI, verificou-se que na avaliação de desempenho houve um aumento significativo de Trabalhadores com avaliações mais baixas e um acentuado número de avaliações negativas.
Por outro lado, com a concessão, constatamos que os lucros da empresa aumentam significativamente.
A avaliação 2017 foi o exemplo disso e, do que se pode, desde já depreender de 2018 os dados indiciam um agravamento da situação:

ü  Aumento de avaliações negativas e de recursos de avaliação;
Em contrapartida a Empresa regista ainda:
ü  Aumento sustentado dos lucros;
ü  Aumento da carga e dos tempos de Trabalho.
Nas várias reuniões com o Presidente da Comissão Executiva demos nota das injustiças reportadas, da falta de equidade que as calibrações vieram criar e apresentámos casos concretos.
Até à data, tivemos face às tentativas de sensibilizar a Comissão Executiva para os factos apontados, escassos resultados e, pelo que que estamos a assistir novamente neste ciclo de avaliação, mais do mesmo consubstanciado em reuniões com os Trabalhadores sem que na maioria dos casos sequer, estejam definidos os respetivos objetivos que se pressupõem pelo menos coerentes com a excelência pretendida e advogada pela VINCI ARPORTS.
É na respetiva avaliação, a par das restantes competências que reside a prossecução dos objetivos de excelência da ANA SA, algo que o SAD pretende e deve refletir…
Para poder desenvolver o CAPITAL HUMANO, algo que é não só o nosso MAIOR propósito, como o é tão querido à VINCI AIRPORTS, há que ter coragem para alterar o que está mal:
·         como por exemplo, deixar de avaliar competências em que a justificação é a falta de formação e a consequência é a crónica nota negativa, sem que para isso a Empresa proponha e leve a cabo a necessária formação;
·         coragem para não distribuir os lucros de forma absolutamente discricionária sob a forma de gratificações a apenas alguns (poucos) Trabalhadores, mas antes fazê-lo por mérito sobejamente comunicado a todos, reconhecido pelo universo da empresa e por isso, credibilizado;
·         coragem para ouvir os Trabalhadores e admitir os erros de gestão que foram cometidos;
·         coragem para encarar os Trabalhadores não como um número, mas sim como a dimensão humana da Empresa que é o seu elemento motor;
·         por fim, coragem para efetivamente valorizar o efetivo laboral da Empresa!

Assim, e se tal for alcançado na ANA, teremos um “Smiling Day” efetivamente vivido e comungado na sua plenitude!

A Comissão de Trabalhadores, maio de 2019