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segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Comunicado 8_2013

Conclusão do processo de privatização

A menos que algum impedimento de última hora o impeça, ocorrerá no dia 17 de setembro de 2013 a assinatura entre as partes, que concluirá o processo de privatização da ANA Aeroportos de Portugal.
É do conhecimento geral que esta CT sempre se opôs à privatização em si, pelas razões repetidamente difundidas ao longo de todo o processo. Confirmando-se, como tudo indica o desfecho anunciado, esta CT reconhece com pesar a mudança de paradigma, neste novo ciclo que se abre. Declara no entanto, total disponibilidade na defesa dos Trabalhadores da ANA, que são e continuarão a ser o maior activo desta Empresa.
Na prática e no imediato a transição para o sector privado, reporá as condições remuneratórias e todos os restantes condicionalismos impostos pela lei de orçamento de Estado de 2011 e seguintes. Assim, será regularizado já presente mês de setembro as condições remuneratórias constantes do Acordo de empresa, bem como o recomeço da contagem de tempo para as respectivas progressões, diuturnidades e afins a partir do dia 1 de setembro de 2013, excepção feita ao pagamento das horas extraordinárias que se manterá nos moldes actuais, uma vez que o novo código de trabalho se sobrepõe nesta matéria. De referir que o tempo que mediou desde o início dos cortes não será contabilizado para contagem de tempo, inferindo-se assim que desde 01 de janeiro de 2011 a 31 de agosto de 2013 foi imposto um “congelamento” do tempo para os efeitos da referida contagem.
Relativamente à retroactividade reclamada por esta CT, não se irá verificar no que às remunerações diz respeito, segundo nos informaram, porque a VINCI pagará o que a lei determinar e existiram aparentemente alguns impedimentos legais a determinar esta gravosa decisão para os Trabalhadores.
A retroactividade acontecerá no entanto no que aos subsídios de férias e de Natal concerne, operacionalizando-se da seguinte forma:
ü  Os duodécimos do subsídio de Natal serão pagos, como até à data, até final do ano.

ü  No mês de novembro será paga um montante que incluirá a retroactividade de ambos os subsídios.

Relativamente a esta matéria, a CT estranha e lamenta esta decisão, até porque desde a primeira reunião mantida com o Sr. Secretário de Estado Sérgio Monteiro, sempre nos foi dito que relativamente ao ano em curso seriam pagos os retroactivos referentes às remunerações auferidas, ainda na última reunião foi reiterado pelo Sr. Secretário de estado “Muito me surpreenderia se tal não se vier a verificar, com efeitos a 1 de janeiro de 2013 ”
No sentido, ainda de uma alteração na posição da VINCI, enviou esta CT no passado dia 13 de setembro, um ofício ao Sr. Secretário de estado, para que o mesmo encete as necessárias e derradeiras diligências para um desfecho a contento de todos, especialmente dos Trabalhadores e para que o surpreendimento do Sr. Secretário de estado não seja proporcional à indignação dos Trabalhadores.
Quanto aos montantes que nos foram retirados por via da aplicação das leis do Orçamento de Estado desde 2011, a CT reitera que os considera injustificados pelos motivos aludidos no Comunicado 6_2013 e por tudo o que transmitimos nos plenários de junho de 2013, justificada igualmente em parecer jurídico que o consubstancia a nossa posição.
A efectivação de tal reposição retroactiva obrigava a uma acção legal contra o Estado Português, com custos incomportáveis, que a CT não tem capacidade de suportar, para além de como é óbvio, não haver garantias da decisão final.

Numa tentativa de conseguir a referida reposição, ainda que de forma indirecta, foi proposto que o ressarcimento fosse feito com os 5% de acções que serão disponibilizadas aos Trabalhadores. Tal abordagem teve como resposta que a VINCI, não operacionalizaria nenhuma operação que pudesse criar algum mal-entendido junto do Estado Português. 

Os 5% de acções que serão disponibilizados ao Trabalhadores, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros poderão ser vendidos (à VINCI), passados 3 meses. A opção de aquisição de acções cabe a cada um e será uma opção exclusivamente individual, pelo que a CT não emitirá qualquer juízo de valor relativamente a essa decisão. No entanto chamamos a atenção, que o lucro inerente à operação não será de 5%, uma vez que teremos que ter em conta os 28,5% de mais-valias, bem como despesas de aberturas de carteiras e outras inerentes ao processo. Ou seja por cada 100 investidos, dificilmente se conseguirá um lucro de 3.

A Comissão de Trabalhadores

16 de setembro 2013

sábado, 14 de setembro de 2013


 

Informação Plenários

 

Na sequência do nosso comunicado 6_2013 e para uma melhor operacionalização dos plenários setoriais, informa-se nova calendarização, para os plenários de Porto e Faro.

Informa-se igualmente localização e horário de todos os plenários, a saber:

Lisboa/ Beja- Auditório edifício 4, dia 25 às 10 Horas.

Faro- Sala de conferências da DAFR, dia 25 às 15 Horas.

Porto-Novo auditório da Aerogare, dia 26 às 10 Horas.

Ponta Delgada- Sala de formação da DAA, dia 26 às 15 Horas (Horas locais).

Horta- Sala de formação, dia 28 às 10 Horas (Horas locais).

Santa Maria-Sala de reuniões/Formação, dia 28 às 15 Horas (Horas locais).

Flores-Sala da Direção, dia 28 às 15 Horas (Horas locais).

 
                        A Comissão de Trabalhadores

21 de junho 2013

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Comunicado 7_2013

Greve Geral dia 27 de junho 2013

A Comissão de Trabalhadores da ANA Aeroportos declara-se solidária com a Greve Geral, apoiando-a integralmente.

A nossa decisão radica e consubstancia-se na conjuntura global, particularmente no sentimento interno, consequência do processo pouco claro por parte da tutela na gestão do processo de privatização.

A saber:

·         A CT apenas tem conhecimento do contrato de concessão do Estado Português à ANA (pelo qual estamos a pagar 4 milhões/mês em juros), mas nada conhecemos do contrato firmado entre a tutela e a Vinci.

·         Sobre a integração da ANAM na ANA, à CT nada foi comunicado, a não ser o vinculado recentemente na comunicação social.

·         Com as condições dos proponentes, nomeadamente do vencedor VINCI, terá ficado salvaguardada a manutenção dos postos de trabalho de todas as empresas do grupo ANA.

Perguntamos: O que está realmente previsto para os ainda funcionários públicos ao serviço na ANA? O que está realmente previsto para os Trabalhadores com idade superior a 55 anos?

·         Estando, presumivelmente, resolvidas as condicionantes sobre as quais impendiam a concretização da privatização da ANA sobe a forma de concessão de 50 anos à VINCI, e sendo apontado um período máximo de 30 dias (meados de julho) para finalização da transação, a CT considera já ter decorrido o tempo para ter acesso a TODA a informação que tem direito e que o acionista Estado tem negado pelo seu governo.

·         Preocupa-nos a circunstância de aparentemente poder ter sido remetido à VINCI, um quadro remuneratório desenquadrado da realidade da empresa em comparação com o tutelado no Acordo de Empresa. Certamente por lapso, mas que a ser verdade condiciona gravemente o entendimento da VINCI sobre as condições remuneratórias da ANA.

O futuro dos Trabalhadores da ANA não pode ficar entregue apenas ao desgoverno deste Governo ou de lapsos como o referido.

Recordando o processo de intenções do Secretário de Estado Sérgio Monteiro reproduzidas no dia 21/11/2112 na TSF Dinheiro Vivo (http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO071275.html): “garantiu ainda que o modelo de negócio que os novos donos irão seguir permite salvaguardar os postos de trabalho e até CRIAR NOVOS EMPREGOS”. Esta sua declaração segue o defendido por esta CT e que pode ser lido no mesmo artigo: “Os Trabalhadores da ANA pediram ao governo para que existisse uma cláusula no contrato de concessão que mantivesse os empregos.”

Apesar das declarações e processos de intenções, a CT não pode continuar a acreditar apenas na boa vontade e processo de intenções e FICAR DESCANSADA (* “os trabalhadores da ANA podem ficar descansados”), é obrigatório o acesso aos documentos e, em última analise, existir hipótese do contraditório e da discordância:

(*sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=63370) declaração do Secretário de Estado Sérgio Monteiro “A mudança de acionista não poderá implicar sequer a possibilidade de uma redução de efetivos”.

Face a este quadro, a Comissão de Trabalhadores da ANA – Aeroportos, para além de solidariedade à Greve Geral de dia 27 de junho, exige do governo a disponibilização de todo a informação que possa implicar alterações substanciais decorrentes da iminente privatização.

Apelamos a TODOS os Trabalhadores da ANA – Aeroportos, solidariedade para com as futuras iniciativas e ações da Comissão de Trabalhadores.

A realidade que vivemos na empresa e também no país, convoca-nos a todos, sobretudo aos responsáveis a um superior sentido de responsabilidades atuais e futuras, nomeadamente no reflexo das consequências nas vidas dos Trabalhadores e das suas famílias. 

A Comissão de Trabalhadores
19 de junho 2013

Comunicado 6_2013

As leis do Orçamento de Estado desde 2011 determinam diminuições nas retribuições pecuniárias, alteração no pagamento dos subsídios de Natal e de Férias, paragem na contabilização para diuturnidades, e ainda a suspensão de outras rubricas instituídas internamente na Empresa. Este esforço representa já hoje uma verba definitivamente acima de 10 milhões de Euros. Tal deveu-se à equiparação da ANA enquanto SEE à Função Pública.

A Empresa, por força do seu estatuto (SA) não depende, nem pode, do orçamento Estado. Antes pelo contrário, distribui parte substancial dos seus dividendos (70%) ao accionista. Pelo mesmo estatuto, as subtrações salarias aplicadas aos seus Trabalhadores não revertem para as finanças do Estado, antes ficando na contabilidade interna da Empresa.

Ou seja:

·         À ANA, por conveniência circunstancial, foi aplicado o regime de Empresa Pública (EP) apesar de ser SA apenas por força de integrar o Setor Empresarial do Estado (SEE);

·         A ANA não onera nem nunca onerou o Estado, sempre contribuiu para o Orçamento de Estado com parte muito significativa dos lucros e, para o país, suportando ao longo dos anos investimentos avultados no sistema de transportes nacional;

·         Sendo uma SA, os cortes salariais aplicados aos Trabalhadores não revertem para o Estado, antes ficando disponíveis para a liquidez da Empresa, engrossando, de forma artificial, o resultado final dos lucros;

·         Pese embora as circunstâncias diferenciadoras da nossa empresa (com resultados excecionais comparados com outras empresas do SEE), estas nunca foram tidas em conta para acautelar aos Trabalhadores regimes de exceção semelhantes aqueles que a tutela encontrou para as demais empresas do SEE, incluindo do sector da aviação. Pagámos assim o preço de ser “meninos” bem comportados.

A retenção remuneratória na ANA nunca serviu o propósito para a qual foi ditada: a diminuição da despesa do Estado. A causa que originou a amputação das retribuições dos Colaboradores (SEE) vai cessar com a passagem para o setor privado.

A concessão e ações (95%) da Empresa irão transitar para a VINCI. A lei contempla a disponibilidade de 5% das restantes ações para os Trabalhadores.

Considerando que, cumulativamente, a causa termina e o objetivo não foi alcançado, existe o direito de normalização e reposição retroativa do que foi indevidamente retido.

Tal reposição retroativa deverá ser no igual montante cativo que se encontra na contabilidade interna da Empresa. Este facto, mais uma vez, não onera o Estado, pois a este não pode ser assacado o estorno daquilo que não recebeu.

Assim, propõe-se o reconhecimento de atribuição aos Trabalhadores da ANA de ações de um montante igual á diminuição mensal/anual que foram alvo.

O acionista Estado deverá autorizar/determinar o ressarcimento pela ANA (cofres onde ficaram os valores dos cortes salariais) aos seus colaboradores sobe a forma de ações da própria Empresa.

Deverá existir uma diferenciação no apuramento dos montantes pelos anos em apreço. Os dividendos e IRC de 2011 e 2012 já foram entregues ao Estado sobe a forma de dividendos, mas relativamente a 2013, as contas finais serão apresentadas pela VINCI.

Com este enquadramento, importa auscultar todos os trabalhadores e para o efeito convocam-se plenários setoriais para os dias 25; 26 e 28 de Junho a decorrer nos aeroportos de Lisboa (25 às 10 horas), Porto (25 às 15 horas), Faro (26 às 10 horas), Ponta Delgada (26 às 15 horas), Horta (28 às 10 horas), Santa Maria e Flores (28 às 15 horas), com a seguinte ordem de trabalhos;

a)      Discussão e troca de opinião sobre nos assumirmos como credores dos montantes remuneratórios retidos pela e na ANA nos anos de 2011/12/13;

b)      Formas de atuação e exposições;

c)      Aceitação de ressarcimento em ações da ANA.

Com os nossos estimados cumprimentos,     

Lisboa, 17 de junho de 2013                        
A Comissão de Trabalhadores
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COMUNICADO 5_2013

No seguimento do nosso pedido de reunião ao CA com carater de urgência sobre o SID (Sistema Integrado de Desenvolvimento), informamos que:

Manifestámos ao CA que o SID não foi bem acolhido pela grande maioria dos trabalhadores da ANA, tendo gerado um sentimento de inquietação e desconfiança fundamentadas pelas seguintes preocupações: garantia de igualdade de tratamento e acesso aos testes de aptidão; erros detectados no acesso e alteração de todos os CV; enquadramento da gestão do capital humano; confiabilidade do sistema, cuja análise e relatórios estão confiados a técnicos da ANA, sem a experiência reconhecida; apreensão para a possibilidade de o actual SID vir a potenciar a criação de listas de excedentários;

O CA informou que este modelo visa agilizar o processo de conhecimento dos Recursos Humanos, nomeadamente competências, motivações e ambições, e assim potenciar o seu melhor aproveitamento, acautelando simultaneamente as necessidades futuras da própria empresa. Reiterou ainda que:

ü A implementação desta ferramenta pretende ser uma radiografia ao dispor do CA, sobre cada trabalhador, de forma a identificar em que condições desempenha as suas tarefas, quais as necessidades de formação para as funções desempenhadas ou outras que potencialmente possa vir a desempenhar;

ü Será do interesse particular de cada trabalhador a participação e o envolvimento no SID;

ü Este sistema não visa a redução de efetivos na empresa;

ü Na plataforma informática já foram efetuadas correcções, nomeadamente as de acesso ao CV individual.

À margem da matéria SID, fomos informados pelo CA que logo que esteja concluído o processo de privatização da empresa, o qual ocorrerá muito em breve, serão repostas as condições remuneratórias, ou seja, cessam os cortes a que estávamos sujeitos pela lei do orçamento de estado.

A Comissão de Trabalhadores
30 de Maio de 2013