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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Comunicado nº 5 CT_2020


Comunicado nº 5 CT_2020

CUMPRIMOS SERVIÇO PÚBLICO
 

Implementadas que estão as medidas de viabilidade económica pela Comissão Executiva (CE), com enfoque na redução do vencimento mensal de 90% dos Trabalhadores da ANA SA, importa fazer o ponto de situação:
 
Pese embora a Comissão de Trabalhadores (CT) não ter sido atempadamente consultada relativamente à implementação das medidas, percebemos que perante o momento pandémico sejam necessárias medidas, com a natural exceção da impactante medida de Redução Salarial em 20%, pelas razões que tivemos oportunidade de explicar no nosso Comunicado nº4.
 
Dissemos e reafirmamos agora, que a medida foi prematura, e com um impacto financeiro pouco menos que simbólico, para uma empresa como a ANA, que após a concessão à VINCI, tem apresentado ano após ano, elevados lucros.
A CT sabe, e todos nós sabemos que, desde que foi entregue a concessão da ANA à VINCI, mais de mil milhões de Euros deram entrada nas contas da VINCI, fruto do trabalho e empenho de todos os Trabalhadores, diariamente. Por seu lado, a Empresa, infelizmente, nunca reconheceu o efetivo empenho dos seus Trabalhadores.

A CT mesmo não apoiando a medida de RTT, teve o cuidado de referir que a mesma era de adesão voluntária, de acordo com as orientações da Comissão Executiva. Tivemos obviamente o cuidado de não influenciar a decisão de cada um de vós, na medida em que se trata de uma opção individual e de foro privado. Lamentavelmente, não foi essa a postura de alguns responsáveis, que adotaram métodos dignos de tempos que julgávamos já ultrapassados, com pressões e coações que a todos deviam envergonhar, e que não refletem os valores e princípios da ANA e do Grupo VINCI. Tivemos o cuidado de atempadamente denunciar essas situações à CE. Não deve valer tudo na prossecução de um determinado objetivo, pelo que, estranhamos, no meio de tanta comunicação institucional sobre as medidas, não ter visto nenhuma referência aos factos que aludimos e denunciámos.
Muitas questões, foram mal explicadas ao longo do processo, muitas dúvidas surgiram, e muitos esclarecimentos se seguiram, fruto da precocidade na implementação das medidas.
Realçamos desde logo uma que nos parece da mais elementar injustiça: as baixas até março 2021 e as implicações da RTT. Apesar dos esclarecimentos da DRH, faltou dizer que, se um Trabalhador aderente à RTT, entrar de baixa médica (que não seja por COVID), as remunerações com a redução de 20% irão entrar nos cálculos da Segurança Social e este verá o seu subsídio de doença reduzido num momento em que necessita de um reforço na sua capacidade económica.

Cumpre também referir que as perdas gerais para os Trabalhadores, vão mais além. Às já referidas somamos, a degradação dos descontos para o Fundo de Pensões e Segurança Social, com naturais impactos futuros nas reformas de cada um dos Trabalhadores aderentes. Afinal os cortes vão para além dos 3 meses, e devem ser tidos em conta em ações futuras.
 
Importa dizer que desde o primeiro momento da crise, a CT tentou perceber a amplitude das necessidades e a gravidade relativa dos impactes no Universo ANA.
 
Continuamos a questionar, analisar e monitorizar, em pormenor, o momento financeiro da ANA e iremos querer perceber o que ocorrerá no final destes 3 meses de constrangimentos.
 
Queremos também dizer, a todos que aderiram, voluntariamente ou “não” à RTT e a todos que não o fizeram, que estaremos vigilantes, para todo e qualquer “desvio ou consequência”, resultante dessa opção, e que todos os episódios que venham a ocorrer, não serão unicamente reportados à CE, mas igualmente a todos os organismos externos à empresa, tais como CEE (Comité Europeu de Empresa), ACT e Grupos Parlamentares, entre outras entidades.
 
Temos a perfeita noção que se não fossem as questões legais imporem a existência de representações dos Trabalhadores, pelo incómodo que representam, e pelas vozes muitas vezes discordantes, as mesmas jamais teriam oportunidade de nos locais certos, fazer valer os direitos dos Trabalhadores. Esta é a realidade, nesta dicotomia absolutamente desigual.
 
O medo não pode continuar a ser a principal ferramenta de controle da Paz Social, sob pena de ser uma paz com pés de barro!
 
Um agradecimento a todos os Trabalhadores da ANA, pelo serviço publico que prestamos ao país, e a que estamos obrigados.  

 
Protejam-se e fiquem bem!
 

21 de abril 2020

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Comunicado nº 4 CT_2020



 

Medidas de adesão voluntária

A Comissão de Trabalhadores, à semelhança de todo o universo de Trabalhadores da ANA, foi surpreendida com a mensagem do Presidente da Comissão Executiva da ANA, Eng.º Thierry Ligonnière. Foi posteriormente convocada para duas reuniões de esclarecimento sobre os temas abordados na mensagem, com particular enfoque nas medidas relacionadas com a viabilidade económica da empresa.

Em ambas as reuniões, a CT manifestou e fundamentou a sua discordância com a implementação de medidas que tenham impacto negativo na massa salarial dos Trabalhadores e nos seus rendimentos. A CT compreende desde logo o impacto futuro desta crise no negócio Aviação e em toda a sua envolvente, no entanto inevitavelmente somos obrigados a fazer uma retrospetiva ao passado recente e facilmente concluímos que a ANA SA é a Empresa com maior robustez, sucesso e capacidade financeira no setor Aviação, resultados esses, só possíveis com a dedicação e profissionalismo de todos NÓS.
 

Os Trabalhadores da ANA veem-se agora confrontados com um conjunto de medidas, ainda que voluntárias, anunciadas para aplicação imediata. Reiteramos que é absolutamente entendível que o CE tome medidas que minimizem o impacto brutal que a atual situação está a originar, o que não concordamos em particular, é com a medida de redução de 20% do rendimento, a qual consideramos prematura, nomeadamente pela capacidade de Tesouraria no curto prazo que a ANA deveria ter, para aguentar e ver a evolução da crise, e se mais à frente fosse efetivamente necessário, decidir então algumas medidas, entretanto já consolidadas e devidamente explicadas a todos os Trabalhadores, demonstrando dessa forma confiança e vigor, sinais extremamente positivos para todo o mercado e de valor incalculável no momento atual.

Se à medida de redução dos 20%, em tempo e dinheiro, somarmos ainda a suspensão até 31/12/2020, dos desenvolvimentos profissionais (evoluções, acessos, promoções e desenvolvimentos especiais), maior é a incredulidade geral sobre a totalidade e o momento das medidas anunciadas.  

Não sendo da competência da CT aconselhar relativamente a uma decisão individual que é de adesão voluntária, deverá cada um dos Trabalhadores decidir em consciência e sem qualquer tipo de pressão ou coação que condicione a sua opção.  A CT denunciará à Comissão Executiva qualquer tipo de ocorrência que possa configurar alguma destas situações, pelo que apelamos desde logo, que não hesitem em comunicar-nos qualquer incidente que ocorra nesse sentido. Atuaremos de imediato, denunciando a situação sem, no entanto, comprometer a identidade do Trabalhador.

 

05 de abril 2020

 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Comunicado nº3 CT_2020


No que à crise originada por Covid 19 propriamente dita diz respeito, a partilha e divulgação de muita informação avulsa nem sempre é sinonimo da qualidade intrínseca dessa mesma informação, razão pela qual a CT só agora vem junto de todos vós.

A Comissão de Trabalhadores, desde a primeira hora esteve e está atenta a tudo o que se têm vindo a passar na Empresa, em particular com a crise criada por esta pandemia.

Esta redobrada e cuidada atenção da CT está sustentada por várias ações desenvolvidas dentro e fora da Empresa. Na empresa, com a Administração e com os Representantes para a Segurança e Saúde no Trabalho e fora com todos os Sindicatos representativos da ANA SA. Iremos prosseguir com esta atividade e continuar a manter e fomentar essas sinergias, criando pontes e entendimentos tanto quando o possível e sempre que tal se revele do melhor interesse dos Trabalhadores.

Conscientes que estas circunstâncias extraordinárias, para além do drama social que nos impõe enquanto cidadãos neste mundo global, obriga-nos a repensar e a reequacionar os nossos valores, a solidariedade e responsabilidade social que será chamada a responder a esta emergência que se avizinha, profunda e extensa, bem como, as nossas prioridades de vida e de cidadãos nomeadamente as que decorrem finalmente da economia familiar e do País. 

Esta ameaça global de saúde pública, é transversal a todas as sociedades, com implicações brutais na economia. Será na resiliência das respostas que importa encontrar que nos devemos focar e trabalhar em conjunto, se não como protagonistas, pelo menos como os primeiros interessados em que as mesmas sejam proporcionais, justas e adequadas em cada instante às realidades e à saúde financeira das Empresas no seu todo.

A ANA SA, é indiscutivelmente uma das mais sólidas Empresas do Universo Empresarial Português. Chega a esta fase de emergência, com uma capacidade de fazer face à presente crise de forma ímpar, dada a sua capacidade financeira consubstanciada nos excelentes resultados de todos os exercícios anteriores.
Embora a CT deva estar sensível aos argumentos contextualizados com a presente crise, são os Trabalhadores enquanto “tecido laboral da Empresa”, a preocupação primordial desta CT uma vez que nunca nos poderemos esquecer que a parte essencial deste tecido, os Trabalhadores, sistematicamente apelidados como o maior ativo da empresa, são paralelamente quem detém menor poder negocial, sendo portanto, a mais frágil e a que mais carece de atenção, proteção e cuidado.
Estamos assim atentos não só às medidas que a Empresa já implementou ou está a implementar em termos da emergência em que nos encontramos, como também às que têm ainda em estudo no intuito de minimizar os impactes nefastos na sua economia.

 Neste acompanhamento, tudo faremos para diligenciar afincadamente junto ao órgão de decisão da ANA para que as decisões que venham a ser adotadas pela mesma não incidam sobre o elo mais fraco, contudo por norma, o mais tentador para as Empresas, que é fazer incidir essas medidas, na massa salarial e, portanto, nos rendimentos dos Trabalhadores.


A essas medidas dizemos, NÃO!
 
Não deixaremos de estar solidários com as outras ORT que prossigam objetivos e resultados coincidentes com os nossos e da mesma forma, também seremos atuantes junto da Administração, em medidas no mesmo sentido.

Tempos excecionais carecem de medidas excecionais, liderança e visão de futuro. As medidas que esperamos sejam tomadas neste contexto têm de ser graduais, proporcionais, justas e adequadas de modo a que determinem o menor impacte negativo no tecido laboral da Empresa e reforcem neste percurso as necessárias condições de confiança e motivação acrescida para que possamos recuperar o mais rapidamente possível, como um todo.

Haja assim, sabedoria e coragem dos que protagonizam essas decisões e também, daqueles que as possam influenciar no melhor interesse de todos.

 
A Comissão de Trabalhadores permanecerá assim parte da solução, contudo atenta e atuante, agora e sempre.

 
Todos juntos iremos vencer este inimigo invisível!

 

 

29 de março 2020

Comunicado nº2 CT_2020



Coronavírus (SARS-CoV-2) _COVID-19

 

Nesta altura muito complicada, não só para a aviação Civil, mas para a humanidade no seu todo, que nos deixou fortemente apreensivos, esta Pandemia, teve pelo menos o condão de nos unir a todos em torno deste inimigo invisível, mas porque juntos, com coragem e determinação somos invencíveis, esta luta será certamente ganha, com base na confiança nas medidas e recomendações, amplamente difundidas pela OMS e restantes Autoridades competentes. A Comissão de Trabalhadores (CT) apela ao cumprimento dessas medidas e recomendações e que simultaneamente, exerçam a vossa influência no sentido do cumprimento das mesmas.

Todas as medidas e recomendações em vigor são do nosso ponto de vista positivas. Podem, no entanto, ser complementadas com outras, que se revelem mais valias no combate à propagação do vírus. Tudo o que se possa fazer que atrase a escalada exponencial da pandemia, retardará o pico da mesma, o que aumentará significativamente a resposta que o nosso SNS poderá oferecer, diminuindo-se assim o número de vítimas mais à frente. Será igualmente importante para quebrar mais rapidamente com as cadeias de transmissão do Vírus. Nesse sentido a CT solicitou ao Presidente do Conselho Executivo em três ofícios distintos várias medidas que certamente irão complementar todas aquelas que já se encontram implementadas, a saber:

1.     Suspensão temporária do controle de assiduidade Biométrico:

2.     Conjunto de medidas a implementar nos postos de controlo de segurança:

3.     Uma dezena de medidas complementares de contenção e prevenção do COVID-19:

Dito isto importa, porque nunca é demais, reforçar algumas das medidas e recomendações fundamentais sobre prevenção do coronavírus (SARS-CoV-2), agente causador da infeção COVID-19, divididas em 2 grupos, medidas de higiene individual e de higiene ambiental. Nesse sentido, recomenda-se:

ü  Higiene individual- Higiene frequente das mãos, lavando amiudamente com água e sabão, ou na sua substituição, desinfeção das mãos com solução antissética de base alcoólica (SABA).

ü  Higiene Ambiental- Etiqueta respiratória- Quando tosse ou espirra fazê-lo para um lenço que descarta (e procede de seguida à higiene das mãos);

- Em alternativa, tossir ou espirrar para a zona do braço/cotovelo, evitando fazê-lo para o ar ou na direção de outras pessoas;

- Evitar tocar com as mãos nos olhos, nariz e boca;

- Respeitar uma distância superior a 1,5 metros em conversas com outras pessoas;

- Caso apresente sintomas respiratórios (ex: tosse, espirros, expetoração) usar máscara se possível, e evitar estar próximo de outras pessoas. Muita atenção que as máscaras de pano verde, protegem o ambiente do utilizador, não protegem o utilizador do ambiente (vírus);

- Limpeza minuciosa e mais frequente dos espaços (particularmente salas de reunião ou outros espaços comuns);

- Desinfeção regular de manípulos das portas.

- Desinfeção regular de teclados de computador e de mesas de apoio/reunião.

- Distribuir embalagens de solução antisséptica de base alcoólica (SABA) para antissepsia das mãos, em locais estratégicos, e onde não existe possibilidade de lavar as mãos com água e sabão (por exemplo ao lado dos computadores).

- Antes e após utilizar o computador lavar as mãos ou desinfetar com SABA.

- Sempre que possível deixar portas abertas e abrir janelas para arejar os espaços.

E não esquecer: hidratar-se convenientemente com água, chá ou outros líquidos. Optar por uma alimentação saudável e manter algum tipo de exercício físico, mesmo no domicílio, para que o sistema imunitário se mantenha operacional.

Se apresentar sintomas compatíveis com síndrome gripal (tosse, febre, dores musculares, dificuldade respiratória), deve proceder à auto monitorização que consiste em avaliar e registar: temperatura corporal, presença de tosse e presença de dificuldade respiratória. Nesse caso, deve contactar o SNS 24 (808 24 24 24), a fim de reportar a situação e pedir orientações.

 

Todos juntos iremos vencer este inimigo invisível.

 

20 de março 2020