No
que à crise originada por Covid 19 propriamente dita diz respeito, a partilha e
divulgação de muita informação avulsa nem sempre é sinonimo da qualidade
intrínseca dessa mesma informação, razão pela qual a CT só agora vem junto de
todos vós.
A Comissão de Trabalhadores, desde a primeira hora esteve e
está atenta a tudo o que se têm vindo a passar na Empresa, em particular com a
crise criada por esta pandemia.
Esta redobrada e cuidada atenção da CT está sustentada por
várias ações desenvolvidas dentro e fora da Empresa. Na empresa, com a
Administração e com os Representantes para a Segurança e Saúde no Trabalho e
fora com todos os Sindicatos representativos da ANA SA. Iremos prosseguir com
esta atividade e continuar a manter e fomentar essas sinergias, criando pontes
e entendimentos tanto quando o possível e sempre que tal se revele do melhor
interesse dos Trabalhadores.
Conscientes que estas circunstâncias extraordinárias, para
além do drama social que nos impõe enquanto cidadãos neste mundo global,
obriga-nos a repensar e a reequacionar os nossos valores, a solidariedade e
responsabilidade social que será chamada a responder a esta emergência que se
avizinha, profunda e extensa, bem como, as nossas prioridades de vida e de
cidadãos nomeadamente as que decorrem finalmente da economia familiar e do
País.
Esta ameaça global de saúde pública, é transversal a todas
as sociedades, com implicações brutais na economia. Será na resiliência das
respostas que importa encontrar que nos devemos focar e trabalhar em conjunto,
se não como protagonistas, pelo menos como os primeiros interessados em que as
mesmas sejam proporcionais, justas e adequadas em cada instante às realidades e
à saúde financeira das Empresas no seu todo.
A ANA SA, é
indiscutivelmente uma das mais sólidas Empresas do Universo Empresarial
Português. Chega a esta fase de emergência, com uma capacidade de fazer face à
presente crise de forma ímpar, dada a sua capacidade financeira consubstanciada
nos excelentes resultados de todos os exercícios anteriores.
Embora a CT deva estar sensível aos argumentos
contextualizados com a presente crise, são os Trabalhadores enquanto “tecido
laboral da Empresa”, a preocupação primordial desta CT uma vez que nunca nos
poderemos esquecer que a parte essencial deste tecido, os Trabalhadores,
sistematicamente apelidados como o maior ativo da empresa, são paralelamente
quem detém menor poder negocial, sendo portanto, a mais frágil e a que mais
carece de atenção, proteção e cuidado.
Estamos
assim atentos não só às medidas que a Empresa já implementou ou está a
implementar em termos da emergência em que nos encontramos, como também às que
têm ainda em estudo no intuito de minimizar os impactes nefastos na sua
economia.
Neste acompanhamento, tudo faremos para diligenciar
afincadamente junto ao órgão de decisão da ANA para que as decisões que venham
a ser adotadas pela mesma não incidam sobre o elo mais fraco, contudo por
norma, o mais tentador para as Empresas, que é fazer incidir essas medidas, na
massa salarial e, portanto, nos rendimentos dos Trabalhadores.
A essas medidas dizemos, NÃO!
Não deixaremos de estar solidários com as outras ORT que
prossigam objetivos e resultados coincidentes com os nossos e da mesma forma,
também seremos atuantes junto da Administração, em medidas no mesmo sentido.
Tempos excecionais carecem de medidas excecionais,
liderança e visão de futuro. As medidas que esperamos sejam tomadas neste
contexto têm de ser graduais, proporcionais, justas e adequadas de modo a que
determinem o menor impacte negativo no tecido laboral da Empresa e reforcem
neste percurso as necessárias condições de confiança e motivação acrescida para
que possamos recuperar o mais rapidamente possível, como um todo.
Haja assim, sabedoria e coragem dos que protagonizam essas
decisões e também, daqueles que as possam influenciar no melhor interesse de
todos.
A Comissão de
Trabalhadores permanecerá assim parte da solução, contudo atenta e atuante,
agora e sempre.
29 de março 2020
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